A decisão do Conselho Directivo do IMT de proceder ao alargamento do horário de funcionamento dos serviços de atendimento ao público e de recorrer ao trabalho extraordinário, é o resultado da progressiva redução de pessoal, designadamente, de assistentes técnicos, que faz com que tarefas normais do Instituto sofram atrasos, como sejam o da passagem de cartas de condução.
Trata-se de uma situação inaceitável esta de o Instituto da Mobilidade e dos Transportes ser alvo de um processo de degradação progressiva, de responsabilidade de sucessivos governos do PS e do PSD/CDS e que parece não estar concluído, a avaliar pelo facto de decorridos mais de dois anos, o IMT,IP continuar sem estatutos aprovados, sujeito a uma permanente situação de instabilidade quanto ao seu futuro.
Entretanto, são os trabalhadores e os utentes, as principais vítimas deste ataque ao serviço público. Os trabalhadores, porque são sujeitos a ritmos de trabalho e a pressões que conduzem à degradação das suas condições de trabalho. Os utentes, porque vêem degradada a qualidade dos serviços que lhes são prestados.